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 [Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal

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Dark_Forever
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MensagemAssunto: [Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal   [Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal Icon_minitimeQui Dez 04, 2008 6:05 pm

* * * * * Primeira Edição * * * * *


Introdução

Hoje em dia, o Metal é um género para todas as idades, sexos e influências musicais. Hoje temos vozes de vários tipos, tanto masculinas como femininas, temos bandas de adolescentes já famosas e outras de músicos experientes e temos uma mistura de todos os outros géneros de música com o Metal, desde a música clássica ao jazz, electrónica e rap. No entanto, nem sempre foi assim. No início, o Metal era só para homens, durões mal encarados que tocavam para um público de peso muito exigente, que só dava espaço para as bandas "trve" (bandas que respeitassem a então actual definição de verdadeiro metal).

Uma das maiores revoluções no Metal foi a introdução de vozes femininas, algo que ocorreu a meio da década de '90. Até então, o metal era exclusivo dos homens, embora algumas bandas já se afastassem do Metal mais pesado e cru do início para algo mais melódico. O aparecimento das primeiras bandas com vocalistas femininas foi o início de uma nova era, uma era que trouxe o tão agradável toque feminino ao género e que veio completar em grande parte este género em formação. Neste artigo vou falar das bandas responsáveis por este movimento e acompanhar a sua carreira até aos dias de hoje. No final, farei uma abordagem menos profunda a grandes referências que se formaram já numa era em que a voz feminina no Metal já era popular.


As primeiras divas

Liv Kristine, Theatre Of Tragedy

A principal responsável por esta revolução foram os Theatre Of Tragedy (Teatro da Tragédia), uma banda que no início tocava Death/Doom Metal, passando a Gothic/Doom Metal pouco depois e desde 2000 até ao presente tocam Industrial Gothic Metal. Nascidos em 1993 na cidade Stavanger, na Noruega, os ToT usaram desde a primeiro demo de 1994 a vocalista Liv Kristine Espenæs.


[Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal Theatre_of_tragedy_02
Foto dos Theatre Of Tragedy no início da carreira


Os Theatre Of Tragedy no início foram uma banda com uma marca muito forte. Além do uso de voz gutural masculina a par da voz angelical da Liv Kristine, todas as letras das músicas eram escritas em inglês arcaico, à responsabilidade do vocalista e poeta Raymond István Rohonyi. Aqui fica o vídeo e a letra da primeira música da banda, A Hamlet For A Slothful Vassal (Um Feudo para um Vassalo Indolente).


"Behold a jocund morn indeed! -
Sun on high - birds in sky.
Yonder the whist eathing,
Fro where a gale erranteth."

"Ye beholdest but the shadow. -- "That is a lie!
Mayhap a tithe of trothplight - -- Lief I am not!
I deem - e'er and anon!" -- My words are but a twist.
-- 'Tis a feignéd lie through
-- loathing, I say!"
"To and fro, save hither,
Is thy love."
-- "A dotard gaffer, I daresay..."
"Not a loth! -
But vying for my kinsmen!"
-- "...a sapling not!"
"Beautiful tyrant!
Fiend angelical!
Dove-feathered raven!
Wolvish-ravening lamb!
A hamlet for a slothful vassal -
Soothing ale for a parchèd sot.
Hie to tell me
What ye judgest as naught;
I behold the shadow!"
-- "Wherefore call me such names;
-- Nay imp am I!
"E'er thou sayest aye! -- "That is a lie! -- Thou art my aghasthart -
Thief of a plot! -- Lief I am not! -- Grazing in the glade."
Now go to thy tryst -- My words are but a twist!
Go, leave, totter! - -- Fare well! - with joy I came,
Until ye dwindlest. -- With rue I leave.
A morsel, nay more, -- Even the orb cannot
For thy journey -- Help me melt the ice?!"
Hither an thither!"
"Observe o lamento que de facto é alegre! -
O sol está alto - pássaros no céu.
Mais além o silêncio que se espalha,
De onde vem uma brisa errante."

"Vós observastes nada além de trevas. -- "Isso é mentira!
Talvez um pouco de luz - -- De boa vontade não estou!
Eu julgo - sempre e oportunamente!" -- Minhas palavras não são nada além de uma distorção.
-- Essa é uma mentira disfarçada afinal
-- Repugnante, eu digo!"
"Para lá e para cá, mantenha-se próximo,
É o amor."
-- "Um velho caduco, atrevo-me a dizer..."
"Nem tanto! -
Mas que disputa pelos meus parentes!"
-- "... um inexperiente não!"
"Belo tirano!
Demônio angelical!
Pomba emplumada e corvo!
Lobo em pele de cordeiro!
Um feudo para um vassalo indolente -
Certamente uma cerveja para um bêbedo de ressaca.
Apresse-se em dizer-me
O que vós julgas como sem valor;
Eu observo as trevas!"
-- "Por que me chama de nomes como estes;
-- "Malvada não sou!
"Alguma vez tu disseste sim! -- "Isso é uma mentira" -- Tu és meu cervo arisco -
Ladrão traiçoeiro! -- De boa vontade não estou! -- A pastar na clareira."
Agora vá ao teu encontro amoroso -- Minhas palavras não são nada além de uma distorção!
Vá, saia, disatencioso! -- Até mais! - com alegria eu vim,
Até que vós me diminuiu. -- Com arrependimento eu parto.
Um pouco, nada mais, -- Até o globo não pode
Por tua jornada -- Ajude-me a derreter o gelo?!"
Para lá e para cá!"


Depois do primeiro álbum homónimo de 1995 mais cru e pesado, os Theatre Of Tragedy tornaram-se progressivamente mais melódicos, girando em torno da voz da Liv Kristine e deixando as vozes guturais de lado. O álbum de 1996, Velvet Darkness They Fear (Escuridão de Veludo Eles Temem) fez a transição entre o primeiro álbum mais negro e o álbum seguinte, Aégis (Protecção). Este último é considerado por muitos o melhor álbum de sempre da banda e uma masterpiece intemporal de Gothic/Doom Metal. Hoje, é um álbum usado como referência para se dizer "o verdadeiro Gothic/Doom Metal é assim". Deste álbum destacam-se duas músicas sobretudo, a Cassandra e a Venus. Aqui fica o videoclip e a letra desta última (letra em latim e inglês).


Circa mea pectora multa sunt suspiria
De tua pulchritudine, que me ledunt misere.

Venus! - I trow'd thou wast my friend -
Professed to Heaven thou wouldst send;
As a disciple of a villain
Didst thou act the tragedienne.

Iam amore virginali totus ardeo.
Amor volat undique, captus est libidine.

Venus! - I trow'd thou wast my friend -
Professed to Heaven thou wouldst send;
As a disciple of a villain
Didst thou act the tragedienne.

Iam amore virginali totus ardeo.
Circa mea pectora multa sunt suspiria
De tua pulchritudine, que me ledunt misere.
Tui lucent oculi sicut solis radij,
Sicut splendor fulguris, qui lucem donat tenebris.
Em meu redor, sinto os vestígios
Da tua pureza, que me levam a miséria.

Vénus! Eu pensei que fosses minha amiga
Enviada pelos senhores divinos:
Como uma discípula de um vilão
Causaste toda esta tragédia.

Um amor tão puro assim
É algo tão volátil, a libido foi incitada.

Vénus! Eu pensei que fosses minha amiga
Enviada pelos senhores divinos;
Como uma discípula de um vilão
Causaste toda esta tragédia.

Um amor tão puro assim
Em meu redor, sinto os vestígios
Da tua pureza, que me levam a miséria
Os teus olhos brilham como um raio de sol
Algo tão tenebroso, feito o esplendor da escuridão

Depois da obra-prima Aégis, os Theatre Of Tragedy mudaram radicalmente de som: os criadores do Gothic/Doom Metal deixaram de tocar esse mesmo género, para grande desilusão dos seus fãs. A nova era dos Theatre Of Tragedy começou em 2000 com o single Image e o álbum Musique. O som passou a ser Industrial Gothic Metal, electrónico e mais comercial. Aqui fica o videoclip do single Image.



You act a pansy, pushover
Do live your fancy, go lower
Who is that, someone says your name
You seem chancy, moreover

The call is mine
I'm gonna get you up
I'm gonna get on top
The call is mine

On the skew, you're dancing all over
You are the anti-fashion statement
In a blue suit, and orange pullover
You look like my old dog Rover

I'm gonna get you up
I'm gonna get on top
The call is mine
Tu ages como um maricas, um fraco
Vive a tua fantasia, desce mais baixo
Quem é esse, alguém diz o teu nome
Pareces incerto, e para mais

Quem manda aqui sou eu
Vou-te virar do avesso
Vou-me por em cima
Quem manda aqui sou eu

Inclinado tu danças por todo o lado
Tu és uma afirmação de anti-moda
Num fato azul e um pullover laranja
Pareces o meu velho cão Rover

Vou-te virar do avesso
Vou-me por em cima
Quem manda aqui sou eu

Esta súbita mudança de género foi ideia do fundador, Raymond, não sendo do agrado de todos os membros. Acabaram por sair da banda o baixista Eirik T. Saltrø, o guitarrista Tommy Olsson e, mais tarde, em 2003, saiu também a diva Liv Kristine, fã de Metal mais sério e sinfónico. Iniciou-se assim uma nova era na vida de Liv Kristine, que formou a sua própria banda, Leaves' Eyes. A sua carreira a solo, iniciada em 1998 com o álbum Deus Ex Machina, teve a sua continuidade em 2006 com o álbum Enter My Religion, um trabalho de Ethereal/Gothic com influências de Dream Pop.


Para terminar esta primeira parte sobre os Theatre Of Tragedy, falarei do presente. Depois do álbum Musique, a experiência electrónica um pouco afastada do Metal continuou no Assembly em 2002, considerado o pior álbum da banda. Depois deste fracasso, os Theatre Of Tragedy reorganizaram-se com uma nova vocalista feminina, Nell Sigland. Após esta fase mais instável, a banda reergueu-se e lançou em 2006 o álbum Storm, que acabou por ser uma agradável surpresa por, apesar de ainda electrónica, ser mais pesado que os dois álbuns anteriores e ter músicas bastantes interessantes. Aqui fica o último registo dos Theatre Of Tragedy neste artigo, o single Storm, ao vivo em Moscovo em Outubro 2007.



Can you see the storm getting closer now?
Tell me how it feels being out there

A moment's glimpse of his vignette
As he shone a light on the falling wall
Instant pictures form shattered persons
Whenever he leaves there's a tainted mark
Flashbacks of his stark sleep filter out through smoke
Revoking from the past things less provoked
Any which day, there is no relief
Adhesive words, spoken silently
The shattered man

Can you see the storm getting closer now?
Tell me how it feels being out there
I want to stay with you, and I see it clear now
You are giving me no choice
Let the rain pour down

He's holding for the moment of the fall
Stolen knowledge by minds unformed
Regulate the demolition of annexe for the differing thoughts
Discarded sparks left years ago
Evoked a language much more austere
Reverberating with figments
He left a trace of translucence

Can you see the storm getting closer now?
Tell me how it feels being out there
I want to stay with you, and I see it clear now
You are giving me no choice
Let the rain pour down

Shattered man
There's a shattered man in a shattered land

Can you see the storm getting closer now?
Tell me how it feels being out there
I want to stay with you, and I see it clear now
You are giving me no choice
Let the rain pour down
Consegues ver a tempestade a aproximar-se agora?
Diz-me como te sentes estando aí fora

Um reflexo de um momento da sua vinheta
Enquanto ele fez brilhar uma luz na parede a cair
Fotos instantâneas de pessoas estilhaçadas
Sempre que ele sai há uma nódoa
Recordações do seu sono profundo filtrados através do fumo
Negando do passado coisas menos provocadas
Qualquer que seja o dia, não há alívio
Palavras adesivas, ditas silenciosamente
O homem estilhaçado

Consegues ver a tempestade a aproximar-se agora?
Diz-me como te sentes estando aí fora
Eu quero fico contigo e vejo-o claramente agora
Não me estás a dar hipóteses
Deixa a chuva cair

Ele está a aguardar pelo momento da queda
Conhecimento roubado por mentes disformes
Regula a demolição do anexo para diferenciar pensamentos
Réstias rejeitadas saíram há anos
Evocar uma linguagem muito mais modesta
Ecoando com fingimentos
Ele deixou um traço de translucidez

Consegues ver a tempestade a aproximar-se agora?
Diz-me como te sentes estando aí fora
Eu quero fico contigo e vejo-o claramente agora
Não me estás a dar hipóteses
Deixa a chuva cair

O homem estilhaçado
Há um O homem estilhaçado numa terra estilhaçado

Consegues ver a tempestade a aproximar-se agora?
Diz-me como te sentes estando aí fora
Eu quero fico contigo e vejo-o claramente agora
Não me estás a dar hipóteses
Deixa a chuva cair

* * * * * Fim da Primeira Edição * * * * *
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Nês
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[Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal Empty
MensagemAssunto: Re: [Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal   [Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal Icon_minitimeSex Dez 12, 2008 10:28 pm

Tu ages como um maricas, um fraco
Vive a tua fantasia, desce mais baixo
Quem é esse, alguém diz o teu nome
Pareces incerto, e para mais

Quem manda aqui sou eu
Vou-te virar do avesso
Vou-me por em cima
Quem manda aqui sou eu

Inclinado tu danças por todo o lado
Tu és uma afirmação de anti-moda
Num fato azul e um pullover laranja
Pareces o meu velho cão Rover

Vou-te virar do avesso
Vou-me por em cima
Quem manda aqui sou eu


Msm tudo haver comigo sim.
ahahah
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