[Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal
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Dark_Forever Admin
Mensagens : 455 Data de inscrição : 24/07/2008 Idade : 33 Localização : Porto de Mós, Leiria
Assunto: [Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal Qui Dez 04, 2008 6:05 pm
* * * * * Primeira Edição * * * * *
Introdução
Hoje em dia, o Metal é um género para todas as idades, sexos e influências musicais. Hoje temos vozes de vários tipos, tanto masculinas como femininas, temos bandas de adolescentes já famosas e outras de músicos experientes e temos uma mistura de todos os outros géneros de música com o Metal, desde a música clássica ao jazz, electrónica e rap. No entanto, nem sempre foi assim. No início, o Metal era só para homens, durões mal encarados que tocavam para um público de peso muito exigente, que só dava espaço para as bandas "trve" (bandas que respeitassem a então actual definição de verdadeiro metal).
Uma das maiores revoluções no Metal foi a introdução de vozes femininas, algo que ocorreu a meio da década de '90. Até então, o metal era exclusivo dos homens, embora algumas bandas já se afastassem do Metal mais pesado e cru do início para algo mais melódico. O aparecimento das primeiras bandas com vocalistas femininas foi o início de uma nova era, uma era que trouxe o tão agradável toque feminino ao género e que veio completar em grande parte este género em formação. Neste artigo vou falar das bandas responsáveis por este movimento e acompanhar a sua carreira até aos dias de hoje. No final, farei uma abordagem menos profunda a grandes referências que se formaram já numa era em que a voz feminina no Metal já era popular.
As primeiras divas
Liv Kristine, Theatre Of Tragedy
A principal responsável por esta revolução foram os Theatre Of Tragedy (Teatro da Tragédia), uma banda que no início tocava Death/Doom Metal, passando a Gothic/Doom Metal pouco depois e desde 2000 até ao presente tocam Industrial Gothic Metal. Nascidos em 1993 na cidade Stavanger, na Noruega, os ToT usaram desde a primeiro demo de 1994 a vocalista Liv Kristine Espenæs.
Foto dos Theatre Of Tragedy no início da carreira
Os Theatre Of Tragedy no início foram uma banda com uma marca muito forte. Além do uso de voz gutural masculina a par da voz angelical da Liv Kristine, todas as letras das músicas eram escritas em inglês arcaico, à responsabilidade do vocalista e poeta Raymond István Rohonyi. Aqui fica o vídeo e a letra da primeira música da banda, A Hamlet For A Slothful Vassal (Um Feudo para um Vassalo Indolente).
"Behold a jocund morn indeed! - Sun on high - birds in sky. Yonder the whist eathing, Fro where a gale erranteth."
"Ye beholdest but the shadow. -- "That is a lie! Mayhap a tithe of trothplight - -- Lief I am not! I deem - e'er and anon!" -- My words are but a twist. -- 'Tis a feignéd lie through -- loathing, I say!" "To and fro, save hither, Is thy love." -- "A dotard gaffer, I daresay..." "Not a loth! - But vying for my kinsmen!" -- "...a sapling not!" "Beautiful tyrant! Fiend angelical! Dove-feathered raven! Wolvish-ravening lamb! A hamlet for a slothful vassal - Soothing ale for a parchèd sot. Hie to tell me What ye judgest as naught; I behold the shadow!" -- "Wherefore call me such names; -- Nay imp am I! "E'er thou sayest aye! -- "That is a lie! -- Thou art my aghasthart - Thief of a plot! -- Lief I am not! -- Grazing in the glade." Now go to thy tryst -- My words are but a twist! Go, leave, totter! - -- Fare well! - with joy I came, Until ye dwindlest. -- With rue I leave. A morsel, nay more, -- Even the orb cannot For thy journey -- Help me melt the ice?!" Hither an thither!"
"Observe o lamento que de facto é alegre! - O sol está alto - pássaros no céu. Mais além o silêncio que se espalha, De onde vem uma brisa errante."
"Vós observastes nada além de trevas. -- "Isso é mentira! Talvez um pouco de luz - -- De boa vontade não estou! Eu julgo - sempre e oportunamente!" -- Minhas palavras não são nada além de uma distorção. -- Essa é uma mentira disfarçada afinal -- Repugnante, eu digo!" "Para lá e para cá, mantenha-se próximo, É o amor." -- "Um velho caduco, atrevo-me a dizer..." "Nem tanto! - Mas que disputa pelos meus parentes!" -- "... um inexperiente não!" "Belo tirano! Demônio angelical! Pomba emplumada e corvo! Lobo em pele de cordeiro! Um feudo para um vassalo indolente - Certamente uma cerveja para um bêbedo de ressaca. Apresse-se em dizer-me O que vós julgas como sem valor; Eu observo as trevas!" -- "Por que me chama de nomes como estes; -- "Malvada não sou! "Alguma vez tu disseste sim! -- "Isso é uma mentira" -- Tu és meu cervo arisco - Ladrão traiçoeiro! -- De boa vontade não estou! -- A pastar na clareira." Agora vá ao teu encontro amoroso -- Minhas palavras não são nada além de uma distorção! Vá, saia, disatencioso! -- Até mais! - com alegria eu vim, Até que vós me diminuiu. -- Com arrependimento eu parto. Um pouco, nada mais, -- Até o globo não pode Por tua jornada -- Ajude-me a derreter o gelo?!" Para lá e para cá!"
Depois do primeiro álbum homónimo de 1995 mais cru e pesado, os Theatre Of Tragedy tornaram-se progressivamente mais melódicos, girando em torno da voz da Liv Kristine e deixando as vozes guturais de lado. O álbum de 1996, Velvet Darkness They Fear (Escuridão de Veludo Eles Temem) fez a transição entre o primeiro álbum mais negro e o álbum seguinte, Aégis (Protecção). Este último é considerado por muitos o melhor álbum de sempre da banda e uma masterpiece intemporal de Gothic/Doom Metal. Hoje, é um álbum usado como referência para se dizer "o verdadeiro Gothic/Doom Metal é assim". Deste álbum destacam-se duas músicas sobretudo, a Cassandra e a Venus. Aqui fica o videoclip e a letra desta última (letra em latim e inglês).
Circa mea pectora multa sunt suspiria De tua pulchritudine, que me ledunt misere.
Venus! - I trow'd thou wast my friend - Professed to Heaven thou wouldst send; As a disciple of a villain Didst thou act the tragedienne.
Iam amore virginali totus ardeo. Amor volat undique, captus est libidine.
Venus! - I trow'd thou wast my friend - Professed to Heaven thou wouldst send; As a disciple of a villain Didst thou act the tragedienne.
Iam amore virginali totus ardeo. Circa mea pectora multa sunt suspiria De tua pulchritudine, que me ledunt misere. Tui lucent oculi sicut solis radij, Sicut splendor fulguris, qui lucem donat tenebris.
Em meu redor, sinto os vestígios Da tua pureza, que me levam a miséria.
Vénus! Eu pensei que fosses minha amiga Enviada pelos senhores divinos: Como uma discípula de um vilão Causaste toda esta tragédia.
Um amor tão puro assim É algo tão volátil, a libido foi incitada.
Vénus! Eu pensei que fosses minha amiga Enviada pelos senhores divinos; Como uma discípula de um vilão Causaste toda esta tragédia.
Um amor tão puro assim Em meu redor, sinto os vestígios Da tua pureza, que me levam a miséria Os teus olhos brilham como um raio de sol Algo tão tenebroso, feito o esplendor da escuridão
Depois da obra-prima Aégis, os Theatre Of Tragedy mudaram radicalmente de som: os criadores do Gothic/Doom Metal deixaram de tocar esse mesmo género, para grande desilusão dos seus fãs. A nova era dos Theatre Of Tragedy começou em 2000 com o single Image e o álbum Musique. O som passou a ser Industrial Gothic Metal, electrónico e mais comercial. Aqui fica o videoclip do single Image.
You act a pansy, pushover Do live your fancy, go lower Who is that, someone says your name You seem chancy, moreover
The call is mine I'm gonna get you up I'm gonna get on top The call is mine
On the skew, you're dancing all over You are the anti-fashion statement In a blue suit, and orange pullover You look like my old dog Rover
I'm gonna get you up I'm gonna get on top The call is mine
Tu ages como um maricas, um fraco Vive a tua fantasia, desce mais baixo Quem é esse, alguém diz o teu nome Pareces incerto, e para mais
Quem manda aqui sou eu Vou-te virar do avesso Vou-me por em cima Quem manda aqui sou eu
Inclinado tu danças por todo o lado Tu és uma afirmação de anti-moda Num fato azul e um pullover laranja Pareces o meu velho cão Rover
Vou-te virar do avesso Vou-me por em cima Quem manda aqui sou eu
Esta súbita mudança de género foi ideia do fundador, Raymond, não sendo do agrado de todos os membros. Acabaram por sair da banda o baixista Eirik T. Saltrø, o guitarrista Tommy Olsson e, mais tarde, em 2003, saiu também a diva Liv Kristine, fã de Metal mais sério e sinfónico. Iniciou-se assim uma nova era na vida de Liv Kristine, que formou a sua própria banda, Leaves' Eyes. A sua carreira a solo, iniciada em 1998 com o álbum Deus Ex Machina, teve a sua continuidade em 2006 com o álbum Enter My Religion, um trabalho de Ethereal/Gothic com influências de Dream Pop.
Para terminar esta primeira parte sobre os Theatre Of Tragedy, falarei do presente. Depois do álbum Musique, a experiência electrónica um pouco afastada do Metal continuou no Assembly em 2002, considerado o pior álbum da banda. Depois deste fracasso, os Theatre Of Tragedy reorganizaram-se com uma nova vocalista feminina, Nell Sigland. Após esta fase mais instável, a banda reergueu-se e lançou em 2006 o álbum Storm, que acabou por ser uma agradável surpresa por, apesar de ainda electrónica, ser mais pesado que os dois álbuns anteriores e ter músicas bastantes interessantes. Aqui fica o último registo dos Theatre Of Tragedy neste artigo, o single Storm, ao vivo em Moscovo em Outubro 2007.
Can you see the storm getting closer now? Tell me how it feels being out there
A moment's glimpse of his vignette As he shone a light on the falling wall Instant pictures form shattered persons Whenever he leaves there's a tainted mark Flashbacks of his stark sleep filter out through smoke Revoking from the past things less provoked Any which day, there is no relief Adhesive words, spoken silently The shattered man
Can you see the storm getting closer now? Tell me how it feels being out there I want to stay with you, and I see it clear now You are giving me no choice Let the rain pour down
He's holding for the moment of the fall Stolen knowledge by minds unformed Regulate the demolition of annexe for the differing thoughts Discarded sparks left years ago Evoked a language much more austere Reverberating with figments He left a trace of translucence
Can you see the storm getting closer now? Tell me how it feels being out there I want to stay with you, and I see it clear now You are giving me no choice Let the rain pour down
Shattered man There's a shattered man in a shattered land
Can you see the storm getting closer now? Tell me how it feels being out there I want to stay with you, and I see it clear now You are giving me no choice Let the rain pour down
Consegues ver a tempestade a aproximar-se agora? Diz-me como te sentes estando aí fora
Um reflexo de um momento da sua vinheta Enquanto ele fez brilhar uma luz na parede a cair Fotos instantâneas de pessoas estilhaçadas Sempre que ele sai há uma nódoa Recordações do seu sono profundo filtrados através do fumo Negando do passado coisas menos provocadas Qualquer que seja o dia, não há alívio Palavras adesivas, ditas silenciosamente O homem estilhaçado
Consegues ver a tempestade a aproximar-se agora? Diz-me como te sentes estando aí fora Eu quero fico contigo e vejo-o claramente agora Não me estás a dar hipóteses Deixa a chuva cair
Ele está a aguardar pelo momento da queda Conhecimento roubado por mentes disformes Regula a demolição do anexo para diferenciar pensamentos Réstias rejeitadas saíram há anos Evocar uma linguagem muito mais modesta Ecoando com fingimentos Ele deixou um traço de translucidez
Consegues ver a tempestade a aproximar-se agora? Diz-me como te sentes estando aí fora Eu quero fico contigo e vejo-o claramente agora Não me estás a dar hipóteses Deixa a chuva cair
O homem estilhaçado Há um O homem estilhaçado numa terra estilhaçado
Consegues ver a tempestade a aproximar-se agora? Diz-me como te sentes estando aí fora Eu quero fico contigo e vejo-o claramente agora Não me estás a dar hipóteses Deixa a chuva cair
* * * * * Fim da Primeira Edição * * * * *
Nês Admin
Mensagens : 587 Data de inscrição : 23/07/2008 Idade : 30 Localização : Porto de Mós uma terra não muito popular
Assunto: Re: [Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal Sex Dez 12, 2008 10:28 pm
Tu ages como um maricas, um fraco Vive a tua fantasia, desce mais baixo Quem é esse, alguém diz o teu nome Pareces incerto, e para mais
Quem manda aqui sou eu Vou-te virar do avesso Vou-me por em cima Quem manda aqui sou eu
Inclinado tu danças por todo o lado Tu és uma afirmação de anti-moda Num fato azul e um pullover laranja Pareces o meu velho cão Rover
Vou-te virar do avesso Vou-me por em cima Quem manda aqui sou eu
Msm tudo haver comigo sim. ahahah
[Dark Forever Music Article] Mulheres de peso: vozes femininas no Metal